domingo, maio 29, 2011

Desenvolvimento Cognitivo

Jean Piaget concebe o ser humano como uma estrutura dinâmica que se constrói ao longo do tempo, passando por fases de desenvolvimento qualitativamente diferentes.
A sua concepção desenvolvimentista levou a que se ultrapassasse definitivamente a velha ideia de que a inteligência da criança era semelhante à do adulto, existindo entre ambas mera diferença quantitativa. Partindo da observação dos seus filhos, bem como de outras crianças cuja evolução acompanhou até à adolescência, Piaget concluiu que o desenvolvimento cognitivo se processaria por estádios.
A compreensão desses estádios é facilitada com a elucidação prévia de alguns conceitos:
·         Esquema e estrutura
Cada etapa caracteriza-se pela presença de esquemas mentais que, quando coordenados entre si, constituem uma estrutura.
·         Adaptação
A inteligência é uma adaptação ao meio feita através de dois processos: a assimilação e a acomodação.
·         Assimilação
Processo de integração dos dados da experiência nas estruturas do sujeito.
·         Acomodação
Modificação das estruturas do sujeito para se adaptar aos novos elementos provenientes do meio.
·         Coordenação ou equilibração
Processo que se desenrola entre a assimilação e a acomodação para que ocorra o desenvolvimento intelectual progressivo.
·         Organização ou estruturação
O pensamento actua como um todo, em interacção com o meio, e não isolado. A adaptação ao meio conduz à organização do pensamento, e o pensamento organizado estrutura melhor os objectos do meio.
·         Estádios ou fases
Etapas qualitativamente diferentes que se desenham no desenvolvimento cognitivo.

            O desenvolvimento mental faz-se, pois, por etapas sucessivas, em que as estruturas intelectuais se constroem progressivamente. Cada novo estádio representa uma forma de equilíbrio superior que permite uma adaptação mais adequeada às circustâncias.
            Em todos os estádios, a permuta entre o sujeito e o mundo opera-se po meio de dois mecanismos constantes: a assimilação e a acomodação. Assim, face a uma nova situação, a criança começa por incorporar os objectos aos esquemas já construídos (se possui, por exemplo, esquemas de agarrar, sacudir ou puxar, aplica-os aos objectos) e, simultaneamente, transforma esses esquemas com vista a uma adaptação ao meio.


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