Para o idoso é muito importante estar em contato com o mundo que o rodeia, sentir-se activo e útil, participando em algum tipo de actividade. Há a preocupação de que o idoso adquira uma postura positiva frente a velhice e que aprenda a valorizá-la. A terceira idade é uma fase onde ocorrem inúmeras mudanças, como por exemplo, a memória (aspecto importante do Sistema Nervoso), que ao longo do tempo e com a chegada da 3ª idade, vai-se tornando deficiente, devido a diversos factores fisiológicos, emocionais e afectivos. Os factores que resultam nessa decadência na capacidade de memorizar não estão todos directamente ligados ao sistema nervoso central (como por exemplo, a doença de Alzheimer), mas também com a falta de actividade no dia-a-dia, falta de exercício físico que exija as mais diversas formas de solicitação motora. A memória humana sofre uma série de processos ao envelhecer, entre eles está o detrimento de algumas áreas como: a memória sensorial (manutenção dos dados sensoriais), a memória de curto prazo (processa dos dados actuais) e a memória de longo prazo (processa dados de longas datas, específicos, conhecimento, memorizações eventuais e sem consciência e activações automáticas). Com isso, o processo de aprendizagem também é comprometido, pois depende da memória, principalmente de curta duração e das funções sensoriais do corpo.
Além disso, (Weineck et al.,1991) afirmam que o processo de envelhecimento é acompanhado por uma série de alterações fisiológicas ocorridas no organismo, bem como pelo surgimento de doenças crónico-degenerativas acrescidas de hábitos de vida inadequados (tabagismo, ingestão alimentar incorrecta, ausência de actividade física regular, etc.).
Em virtude disso, (Matsudo & Matsudo, 1992) acreditam que a participação do idoso em programas de exercício físico regular poderá influenciar no processo de envelhecimento com impacto sobre a qualidade e expectativa de vida, melhoria das funções orgânicas, garantia de maior independência pessoal e um efeito benéfico no controle, tratamento e prevenção de doenças como diabetes, enfermidades cardíacas, hipertensão, varizes, enfermidades respiratórias, artrose, distúrbios mentais, artrite, dor crônica, etc.
Portanto, cabe a nós, educadores físicos, usarmos a nossa profissão como um dos meios de minimização e prevenção destas, tornando-os indivíduos/idosos mais saudáveis, mais aptos, bem-dispostos independentes, reintegrados, com melhores condições de vida, valorizando-se e sendo valorizado.
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