Erikson desenvolveu uma teoria do desenvolvimento que enfantiza o domínio psicossocial do indivíduo ao longo de oito estádios, atribuindo especial importância ao período da adolescência como momento relevante na formação da identidade.
O núcleo desta teoria é o princípio epigenético, que postula a existência de uma evolução gradual ao longo dos estádios marcada pelos êxitos e fracassos vividos em estádios anteriores. Assim, cada estádio contribui para a formação da identidade de forma específica, mantendo a sua importância mesmo depois de ter sido ultrapassado.
Segundo Erikson, cada estádio compreende um conjunto de tarefas que são estabelecidas tendo em conta dois conceitos opostos entre si e visam o desenvolvimento bem sucedido, isto é, a aquisição de uma virtude. Falhar na consecução dos objectivos propostos em cada fase conduz a desadaptações que podem influenciar o desenvolvimento futuro.
De acordo com Erikson, ocorre uma crise sempre que há transição de um estádio de desenvolvimento para outro.
Os estádios desenvolvimentais propostos por Erikson são oito, no entanto, apenas os primeiros cinco se enquadram no desenvolvimento ao longo da infância e da adolescência, sendo que, por isso, foram os abordados. Posteriormente, os restantes estádios serão abordados no desenvolvimento da vida adulta.
Genericamente, podemos considerar que Freud e Erikson estavam de acordo em vários aspectos, entre eles:
· O facto de o indivíduo nascer com um conjunto de instintos básicos;
· O facto de o desenvolvimento se processar por estádios e ser influenciado, em cada um deles, pelos aspectos maturativos;
· O facto de a personalidade ser composta por três componentes (Id, Ego e Superego).
No entanto, Erikson considerava as influências culturais e sociais no desenvolvimento humano mais relevantes que as influências sexuais.
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